segunda-feira, 17 de março de 2014

O QUE REPRESENTA A MORTE DE UM POLICIAL

Artigo de autoria do Tenente Coronel PM Humberto Gouvêa Figueiredo, comandante do 36º Batalhão de Polícia Militar do Interior, publicado no Jornal Gazeta de Limeira, edição de 17 de março.


(*) Humberto Gouvêa Figueiredo


Recentemente foi morto no Complexo de Favelas do Morro do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro, mais um policial militar que atuava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada naquela região da capital do Estado.

Só neste ano já foram quatro policiais militares cariocas assassinados por criminosos em uma área reconhecida e divulgada pelo governo como “pacificada”, isto é, sob controle do Estado. O episódio mostrou que aquilo que o governador do Rio de Janeiro diz não é verdade!

No Estado de São Paulo, no ano passado, tivemos mais de uma centena de policiais militares mortos em situações das mais diversas: em serviço, em razão do serviço, vítimas de crime contra o patrimônio e até, simplesmente, por terem sido identificados como policiais.

Este cenário, que resumo em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas que também ocorre nos demais estados da Federação, é muito mais preocupante do que as pessoas podem imaginar.

Não que a vida do policial, seja ele civil, militar ou federal, valha mais do que a do cidadão comum. Claro que não é isso!

Ao assistirmos a criminosos atentarem contra a vida de policiais como quem vai à caça de um animal, devemos ter em mente que, quem está sendo atacado é o próprio Estado e a sociedade, e não apenas um homem ou uma mulher fardado (ou não) e armado (ou não).

O policial é a face humanizada do Estado e existe, basicamente, para cumprir quatro missões elementares objetivando que as pessoas convivam socialmente e em harmonia: proteger as pessoas, fazer cumprir as leis, combater o crime e manter a ordem pública.

Quando um criminoso tira a vida de um agente encarregado de aplicar a lei, ele de fato não apenas comete um homicídio contra uma pessoa: ele atinge toda a sociedade que aquele policial tem a missão de servir e proteger.

Por esta razão é que nos países mais desenvolvidos a punição a quem age contra um policial, desrespeitando-o, agredindo-o ou tirando-lhe a vida é extremamente severa, chegando até ao limite da prisão perpétua, nos casos de homicídio.

Já passou da hora de os nossos legisladores olharem com a atenção devida para esse grave problema que assola a nossa sociedade, e que coloca em elevado grau de risco a sua segurança. Precisamos, urgentemente, de leis mais severas contra criminosos que atacam aqueles que existem para nos proteger.

(*) é Tenente Coronel da PMESP e comandante do 36º BPM/I



Link do artigo: http://gazetainfo.hospedagemdesites.ws/site/index.php?r=noticias&id=24664


Seção de Comunicação Social do 36º BPM/I

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