segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

SEMPRE HÁ ESPERANÇA


Artigo de autoria do Tenente Coronel PM Humberto Gouvêa Figueiredo, comandante do 36º BPM/I, publicado no Jornal Gazeta de Limeira, edição de hoje (10/02)

(*)Humberto Gouvêa Figueiredo
 
Vivemos numa sociedade em que cada vez mais impera o individualismo, as relações interpessoais não se estabelecem e bons valores e princípios são praticamente ignorados. Este fato é tão notório quanto indiscutível: assistimos, vemos e ouvimos a este respeito todos os dias na televisão, nas rádios, nos jornais e na internet.

Quando esta realidade parece sedimentar-se, aparecem situações que nos dão um lampejo de esperanças, expectativas de que tudo se modifique para melhor. Sem citar nomes, porque não é preciso, vou contar brevemente uma história que acompanhei de perto aos que me derem a honra da leitura.

No interior de um Estado brasileiro, bem distante de São Paulo, um homem acidentalmente dispara uma arma de fogo que carregava na cintura para se proteger das ameaças que sofria, num lugar onde o poder público não tinha condição de garantir a sua segurança. O projétil avança pela perna e se aloja perto do joelho.

Não é um quadro simples, ainda assim, o homem por dez dias prefere ficar por lá mesmo, acreditando que a estrutura de saúde poderia ser suficiente para salvá-lo. Não foi!

O agravamento do quadro fez com que seu filho, que mora aqui em São Paulo e que é oficial da Polícia Militar, fosse avisado para prestar-lhe ajuda. O filho se desespera, fica sem saber o que fazer e se recorre ao seu superior hierárquico na instituição.

Tudo isto ocorre num feriado nacional, ocasião em que os contatos se tornam muito mais complicados. O comandante do oficial se comove com o pedido de seu colaborador, move-se para todos os lados, fala com todos que têm poder de decisão e consegue a liberação de uma aeronave da Polícia Militar (um avião) para buscar o homem que fora baleado a milhares de quilômetros de distância, transferindo-o para cá, em São Paulo, um estado com melhor estrutura. 

Aqui ele é internado no Hospital da Polícia Militar, é submetido a vários procedimentos cirúrgicos e se salva, perdendo apenas a parte inferior da sua perna direita (logo abaixo do joelho). 

Atitudes como estas, de pessoas que veem e tratam gente como gente, nos dão o acalento de acreditar e esperar por dias melhores. Que o exemplo se repita em outras oportunidades e com maior incidência, para o bem da sociedade.
 
(*)Humberto Gouvêa Figueiredo é tenente-coronel da Polícia Militar e comandante do 36º BPMI


Link do artigo do Jornal: http://gazetainfo.hospedagemdesites.ws/site/index.php?r=noticias&id=23769


Seção de Comunicação Social do 36º BPM/I

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