segunda-feira, 7 de outubro de 2013

NÃO ME SINTO O ÚNICO RESPONSÁVEL!

Segue abaixo texto de autoria do comandante do 36º Batalhão de Polícia Militar do Interior, publicado no Jornal Gazeta de Limeira, na edição de 07 de outubro de 2013:



(*) Humberto Gouvêa Figueiredo


A imprensa local repercutiu na última semana a divulgação dos índices oficiais da Secretaria da Segurança Pública, que apontaram um aumento em alguns dos números criminais de Limeira, particularmente do furto e roubo de veículos.

Li, assiti e ouvi atentamente algumas das críticas que foram feitas e ocupo este espaço que me é gentilmente ofertado toda semana para defender a Instituição que represento e os homens e mulheres que comando e que, injustamente, acabam sendo os mais cobrados quando os resultados são negativos e praticamente esquecidos ou ignorados quando os números são favoráveis.

Tenho por princípio não fazer crítica ostensiva a outrem, sejam pessoas, sejam instituições: não farei aqui e não verão, ouvirão ou lerão qualquer postura minha neste sentido.

Os índices não nos agrada: isso é fato!

Queremos e vamos perseguir resultados melhores para a cidade e o povo que nos cabe proteger e servir, se preciso, com o sacrifício da própria vida.
Mas dizer que o crime ocorre por falha no policiamento preventivo é, no mínimo descabido!

Nosso esforço operacional (homens, viaturas e equipamentos) são disponibilizados 24 horas por dia a serviço do povo de Limeira e região e, não aleatoriamente, mas com planejamento, com análise de locais de maior risco, com informações sobre o modus operandi dos criminosos que agem em nossa região.

Somos profissionais e agimos com técnica e a tecnologia que nos é posta ao uso.

A ação da polícia ostensiva, que represento na condição de comandante do 36º Batalhão do Interior, tem repercutido na prisão de muitos infratores da lei e na apreensão de inúmeros adolescentes: basta olhar a ocupação das nossas Penitenciárias, Centro de Detenções Provisórias e Fundações Casa, todos superlotados!

É preciso que a sociedade saiba, e neste sentido faço aqui o meu desabafo, que, na verdade “enxugamos a sala com a torneira aberta”, ou seja, por mais que atuamos, por mais que nos dediquemos, o crime continua acontecendo por circunstâncias e influenciado por aspectos que fogem do controle da Polícia Militar.

Não é justo que o ônus de uma eventual derrota numa das batalhas nos seja apontado com exclusividade!

Assim eu penso!



(*) É Tenente Coronel da PM e Comandante do 36º BPM/I 

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