Os veículos de comunicação locais divulgaram com ênfase o episódio que ocorreu na área central de Limeira, próximo de um dos shoppings da cidade, na ocasião em que jovens (adolescentes e crianças) estabeleceram uma relação de conflito com a Polícia Militar, na oportunidade em que, cumprindo uma das suas atribuições constitucionais, representantes da Instituição tentaram estabelecer a ordem pública, desobstruindo a via pública que era interrompida indevidamente.
Crianças e adolescentes, naquela fatídica noite de sexta-feira, atiraram contra policiais militares que, friso,cumpriam a sua obrigação legal, pedras e garrafas de bebidas alcoólicas, possivelmente consumidas naquele mesmo local e, suspeito, adquiridas em estabelecimentos comerciais da própria região.
A ação dos jovens exigiu da Polícia Militar uma resposta operacional que se deu por meio de uma operação de controle de distúrbios civil e que culminou na apreensão de 4 adolescentes e na liberação da via, tudo dentro de um cenário de conflito, bastante negativo para todos, e que não é desejável numa sociedade que almeja uma cultura de paz.
O episódio, sob minha ótica, aciona o sinal de alerta: o que leva jovens a optar por um comportamento tão hostil? Será que os seus pais ou responsáveis sabem o que estão fazendo? Será que os responsáveis pelos jovens aprovam as suas condutas ou se omitem? Em que falsos heróis as crianças e adolescentes que conflitaram com a Polícia Militar se inspiram?
Tenho, de forma reiterada, enfatizado que a Polícia Militar não é, e nunca será, a exclusiva solução para os problemas da violência, da criminalidade e da segurança (ou da sensação de insegurança): ela faz parte de um sistema, que deve atuar articuladamente, mas ainda mais relevante, a sociedade tem um papel importantíssimo na busca de soluções para situações que, em última análise, repercutem nela mesma.
Para este caso, informo a todos que a Polícia Militar tem comportamento proativo, convocamos para uma reunião e a Instituição vai atuar multidisciplinarmente (com outros órgãos), com o objetivo de resolver pacificamente o problema.
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