Segue abaixo texto de autoria do Comandante do 36º Batalhão de Polícia Militar do Interior, publicado no Jornal Gazeta de Limeira de hoje, 23/09.
(*) Humberto Gouvêa
Figueiredo
Infelizmente, como regra, as pessoas
se lembram mais da polícia, especialmente da Polícia Militar, nos momentos em
que passam por algum tipo de dificuldade, particularmente quando precisam de algum
tipo de socorro ou assumem a posição de vítima de algum crime.
A Polícia Militar, de acordo com o
que prevê o texto constitucional, tem atuação no campo da segurança preventiva,
realizando o policiamento ostensivo fardado, visando a preservação ou manutenção
da ordem pública. O emprego com viés "repressivo" da Instituição deve
se dar apenas no chamado campo da repressão imediata, ou seja, quando o
crime acaba de ser cometido e existe a possibilidade da captura do infrator da
lei.
Quatro são as missões básicas da
Polícia Militar: proteger as pessoas,
fazer cumprir as leis, combater o crime e preservar a ordem pública.
A proteção às pessoas deve ser
considerada como a principal missão da Polícia Militar: a razão da existência
da Instituição é a de propiciar a todos
os cidadãos a tranquilidade e a paz pública, gerando o que se chama de sensação
de segurança.
A sensação de segurança é algo
intangível, ou seja, não se pode tocar ou mensurar objetivamente e sofre
variação de pessoa para pessoa, assimilando reflexos do ambiente e das
experiências de cada um. Como exemplo, podemos citar casos de pessoas que,
embora morando em condomínios fechados ou em prédios de apartamentos se sentem
inseguras, enquanto outras, habitando zonas mais pobres, onde crimes sejam mais
comuns, possuem tranquilidade para conviver socialmente.
O papel protetor do policial é
o que deve sobrepor aos demais que o caracterizam: não que seja menos
importante agir para fazer as pessoas obedecerem as regras sociais ou legais,
realizar a prisão de criminosos e infratores das normas jurídicas ou preservar
e restabelecer a ordem...mas é de fundamental importância, para a construção de
uma sociedade mais justa e igual, que o policial seja lembrado como um amigo,
alguém que acolhe e que dá a resposta de que pessoas precisam nos momentos em
que isso se fizer necessário.
Trabalhemos para isto: para a
sedimentação de uma Polícia Protetora!
Amém!
(*) É Tenente Coronel da Polícia Militar, Comandante do 36º BPM/I
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