segunda-feira, 30 de junho de 2014

"POLICIA MILITAR EM FOCO": UM BATALHÃO DE POLÍCIA IGUAL, PORÉM DIFERENTE

Segunda-feira (30/06) Publicação no jornal Gazeta de Limeira, página 5 (Segurança).

Um batalhão de polícia igual, porém diferente.
Apesar do título deste artigo aparentemente remeter a um paradoxo em um primeiro momento, posso assegurar que não é bem isso o que acontece com o batalhão da Polícia Militar sediado em Limeira/SP.

O Trigésimo SextoBatalhão da Polícia Militar do Interior(36° BPM/I),  designação  técnica , é apenas mais um dentre tantos outros existentes neste  estado ; por isso esse batalhão é igual aos demais. Aliás cabe um esclarecimento: a estruturação dessa organização Policial Militar atende outras 7 ( sete ) cidades , dentre elas Araras, Iracemápolis , Cordeirópolis, Leme, Santa Cruz da Conceição, Pirassununga e Conchal. É igual também em função de sua missão constitucional da polícia ostensiva e responsável pela preservação da ordem pública.

Entretanto, deve-se considerar que neste batalhão há uma peculiaridade que talvez passe despercebidaamuita gente, uma vez que aqui desenvolve-se uma escola de formação de soldados, ou seja, um curso de formação específica, destinado a qualificar tecnicamente a Praça da Polícia Militar de graduação inicial, para análise e execução, de forma produtiva, das funções próprias de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, em conformidade com a filosofia que norteia a polícia comunitária, conforme dispõe a Lei de Ensino da Polícia Militar. Ainda assim, não é isso que o torna único à medida que existem outros poucos batalhões com essa mesma atribuição, portanto ainda igual a alguns outros.

Por que então o batalhãoseria diferente ?
A resposta está no fato de que aqui se constroem pontes !
Não se engane o leitor ao imaginar que seriam obras de engenharia que utilizam –se de materiais sólidos como aço, cimento, etc.; dessas que vemos com frequência e ficamos maravilhados por conta das estruturas magníficas. As pontes construídas aqui são constituídas de relacionamentos humanos, em função disso a polícia militar busca aproximar-se da comunidade como talvez ainda não tenha acontecido em nenhum outro lugar ao menos com tamanha intensidade. Eis aí o sucesso de algumas empreitadas, que estão já há algum tempo sendo implantadas com ênfase especial e que ensejaram verdadeiras quebras de paradigmas entre a comunidade regional mencionada e a corporação policial militar.

As pontes que os policiais militares deste batalhão constroem são sedimentadas primeiro na sobejamente conhecida Política de Segurança Pública, composta daspolícias civis e militares , promotoria , justiça e sistema prisional; porém a novidade é a ênfase no  olhar instigante e complementar quanto a  Política Pública de Segurança composta de ações governamentais nas áreas da educação, urbanização, segurança, etc.,  nas três esferas públicas de governo que afetam a qualidade de vida do cidadão. Por isso não se trata de mera inversão ou jogo de palavras e sim da inauguração de um novo paradigma quando se pensa em segurança na acepção ampla do termo e sob a égide constitucional do direito social , conforme o artigo 6° da lei maior deste país. O foco específico passa a ser a prevenção primária! Dividindo-se as reponsabilidades com outros órgãos públicos fica mais fácil a gestão da segurança e não se sobrecarrega tanto a polícia militar com demandas que não lhe dizem respeito.

Absolutamente não são pontes que ligam o nada a lugar nenhum como diz aquele velho clichê, repetido como mantra pelas pessoas que não acreditam no otimismo. Ao invés disso, esses relacionamentos são consagrados ao sucesso de uma corporação que tem como filosofia e estratégia de trabalho, desenvolver a Polícia Comunitária em todos os rincões deste estado pujante, por mais longínquos que sejam, todos os dias e durante 24 horas . Por conta disso, nossas pontes sempre ligam uma margem à outra e tem a finalidade de promover o encontro das pessoas com a corporação e vice-versa , para que possa haver o compartilhamento das expectativas, demandas e experiências.
Obviamente os policiais militares já formados que prestam serviços neste batalhão, bem como os policiais ainda em formação estão imbuídos da mesma filosofia e estratégia, por conta da capacitação rotineira a que são submetidos, sejam praças ou oficiais.

Por tudo isso exposto e o contexto em que isso ocorre neste momento,é que afirmo ser uma ótima oportunidade qualquer dia desses, você vir nos visitar, nas reuniões denominadas de “ audiências públicas “ ou ainda participando das reuniões dos Conseg( Conselhos de segurança ) ambas realizadas com frequência e devidamente divulgadas na mídia,  e assim  conhecer um pouco mais e melhor os serviços que prestamos à sua segurança e de sua família .Juntos sempre podemos mais e melhor.
Concluo este artigo afirmando ser uma honra e um privilégio servir no 36° BPM/I.

Claudio Roberto Sorge; Major da Polícia Militar do Estado de São Paulo, bacharel em Psicologia pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB), mestre e doutorem Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pelo Centro de Altos Estudos de Segurança (CAES), Comandante Interino do 36º BPM/I em Limeira/SP.


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