(*) Humberto Gouvêa
Figueiredo
Escrevo
este texto para a comunidade de Limeira e região, publicando-o em um
prestigiado veículo de comunicação, o jornal “Gazeta de Limeira” abordando um tema que me
encanta muito e pelo qual me apaixonei há mais de 28 anos atrás: a segurança
pública.
Tenho
a exata noção do quanto as pessoas, tanto no Brasil, quanto nos demais países
do mundo, clamam e esperam por uma sociedade segura, na qual impere a paz e a
tranquilidade.
Segurança
pública, diferentemente do que o senso comum imagina, não é, exclusivamente,
papel das instituições que fazem parte do chamado “sistema de segurança”, do qual
fazem parte as Polícias (Militar, Civil e Federal), o Ministério Público, o
Poder Judiciário e, complementarmente, cuidando da proteção dos próprios, bens
e serviços públicos, também as Guardas Municipais, que são uma realidade em
diversas cidades do Brasil e, particularmente na nossa região.
Segurança
pública é sim, dever do Estado, mas responsabilidade de todos: ignorar a
participação das pessoas na construção de uma sociedade justa e igual é,
simplesmente, querer fazer funcionar o carro sem abastecê-lo: ele nunca
circulará.
Precisamos,
na condição de cidadãos, ter a consciência de que o nosso papel é muito
importante no processo da construção de uma cultura de paz: não se incomodar
com os problemas da violência e da criminalidade, até que eles “toquem” na
porta de suas casas é uma omissão que não deve acontecer e que apenas acentua
ainda mais.
A
Polícia existe para proteger a sociedade, mas um passo anterior deve ser dado e
com a urgência que a gravidade que o cenário requer: a comunidade precisa “apropriar-se”
da Polícia... senti-la, de fato, como sendo sua: um caminho que deve ser percorrido pelas duas partes: pela
sociedade e pela Polícia.
(*) É Tenente Coronel da PM e Comandante
do 36º BPM/I
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