ADOLESCENTES
NO CRIME: UMA PREOCUPAÇÃO.
(*) Humberto Gouvêa
Figueiredo
Até
em função do cargo e da função que exerço, tenho acompanhado muito de perto o
movimento criminal na cidade de Limeira e nos outros 7 municípios que compõe a
área territorial sob minha responsabilidade, no comando do 36º BPM/I.
Na
estatística do mês de julho tivemos, em comparação com o mês anterior, uma
significativa melhora nos resultados dos índices de furto, roubo, homicídio e
furto de veículo e perdemos apenas no roubo de veículos.
Analisando
dia a dia os índices criminais de agosto, até a presente data, temos boas
perspectivas de sucesso em relação a todos os crimes pelos quais as Polícias
são avaliadas pela Secretaria de Segurança Pública.
Um
dado que, todavia, vem me chamando muito atenção é o elevado número de casos
com envolvimento de adolescentes na prática de atos infracionais. Tivemos em
algumas situações a participação de crianças em fatos de natureza criminal.
Em
muitos registros, adolescentes figuram como protagonistas em ações delituosas
de tráfico de drogas e de roubos, crimes considerados muito graves e que
assustam a nós, que atuamos na segurança pública e, principalmente, a
comunidade.
Em
minha opinião, atuando na segurança pública a quase três décadas, estamos
“chegando tarde” na proteção de nossos jovens e na prevenção para que não sejam
cooptados pelo crime e pela falsa ideia do “dinheiro fácil”.
Este
“atraso” da sociedade em relação aos jovens nos impulsiona a partir para
alternativas mais drásticas e que, na essência, não resolvem o problema.
Precisamos
estar presentes na vida dos nossos jovens antes que eles comecem a delinquir
ou, no máximo, quando as condutas praticadas por eles forem ainda simples,
passíveis de serem corrigidas com medidas menos severas.
Cuidemos
de nossos adolescentes, antes que tenhamos que visitá-los nas cadeias!
(*) É Tenente Coronel da PM e Comandante
do 36º BPM/I
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