Programa São Paulo contra o crime.
Quando consideramos a questão da política de
segurança pública, devemos fazê-lo a partir do pressuposto (como anteriormente
tratado neste espaço pelo senhor comandante de Batalhão), de que a mesma é “composta das polícias civis e militares ,
promotoria , justiça e sistema prisional”.
Nesse mister, a Secretaria de Segurança Pública do
Estado de São Paulo (SSP/SP), órgão do primeiro escalão do poder executivo
estadual, responsável por orquestrar as ações das polícias estaduais (a saber:
policia civil, policia militar e polícia técnico-científica) definiu, como
forma de buscar melhorias na qualidade de vida dos paulistas, um programa
governamental de bonificação aos policiais em razão de metas operacionais atingidas,
o denominado “programa São Paulo contra o
crime”.
Essa boa ideia prosperou com apoio do instituto “Sou
da Paz” em parceria com o instituto “Falconi”, o qual procedeu minucioso estudo
sobre as estatísticas criminais em cada região do estado, propôs metodologia de
avaliação e acompanhou, a fim de consolidar o modelo, inúmeras reuniões junto às
três polícias estaduais, nas cidades sede das agora denominadas Áreas de
Atuação Compartilhada – AAC (áreas similares de atuação do Batalhão da Polícia Militar,
da Delegacia Seccional da Policia Civil e da Polícia Técnico-cientifica).
Foram definidos como prioritários os crimes
violentos contra a vida e patrimônio, agrupando-se os indicadores em três
vertentes: Letalidade (homicídio e latrocínio); Roubos em geral (todas as
modalidades de roubos, com exceção dos roubos de veículos) e Subtração de
veículos (roubos de veículos e furtos de veículos).
A partir da definição das metas trimestrais,
estabelecidas em razão das médias dos últimos anos naquele determinado
indicador, procura-se compartilhar tal informação divulgada pela SSP/SP entre
todos os policiais. Além disso, os gestores das polícias se reúnem mensalmente
para definir um plano de ação integrado, no qual são previstas as formas de
atuação da polícia em busca da diminuição da incidência de cada indicador cuja
meta, por alguma razão, deixou de ser alcançada em determinado município da AAC.
Eis as polícias que queremos: aquelas que dialogam
entre si, que analisam os indicadores e planejam sua atuação com
profissionalismo e amor à causa pública. Essa é a característica de nossa AAC.
Péssima noticia para aqueles que acreditam que o
trabalho policial baseia-se exclusivamente no empirismo. Hoje há um sistema de metas que possibilita a meritocracia.
No entanto, sabemos que sempre haverá muito a ser feito e, diante disso, muito
a melhorar.
Matéria publicada no jornal Gazeta de Limeira edição de 05 de janeiro de 2015, página 5.
Enio
Antonio de Almeida
Capitão de Polícia Militar
Coordenador Operacional Interino do
36º BPM/I
SEÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO 36ºBPM/I.
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